Para nós, brasileiros, ter uma referência da nossa terra em solo estrangeiro é muito reconfortante. Se só de ver um conterrâneo com a bandeira verde e amarela na mochila nós já fazemos a maior festa, imagina então ser acolhido em albergues brasileiros no Caminho de Santiago?
Dá pra contar nos dedos os hotéis ou albergues peregrinos (ou hostels mesmo) que marcam uma viagem. Eles são o suporte que nós precisamos ao fim de um longo dia, quando já estamos cansados e tudo o que desejamos é um chuveiro e uma cama. Durante o Caminho de Santiago, essa necessidade se multiplica, já que o desgaste é muito maior por causa do sol, da chuva, do frio e de caminhar tantas horas seguidas com a mochila nas costas. São cerca de 30 lugares para dormir diferentes ao longo de um mês inteiro, uma maratona digna de uma medalha de ouro e que requer paciência e espírito peregrino para poder conviver com roncos e pessoas do mundo inteiro – e os seus costumes.
Por isso, quando encontramos albergues brasileiros no Caminho de Santiago, é como se reconhecêssemos que gostamos e sentimos falta daquele carinho, daquele arroz com feijão e de falar aquelas palavras que só nós entendemos. Que bom que no Caminho de Santiago também existe isso!
No Caminho de Santiago há muita diferença entre os albergues gerenciados por pessoas ativas (e encantadoras) e aqueles outros que você acaba nem conhecendo direito a pessoa que fez o seu check in e carimbou a sua credencial. De quantos albergues você consegue se lembrar, assim, sem recorrer ao seu diário para ler as anotações? Arrisco dizer que você se lembra daqueles que te trataram diferente, não como apenas um hóspede mas como um ser humano com suas necessidades, das mais básicas às mais peculiares. Eu me lembro, por exemplo, de uma hospitaleira alemã que me emprestou o seu secador de cabelos quando me viu no sol frio do mês de maio tentando secá-los ao final do dia, em La Faba. Também me lembro dos albergues que ofereciam janta comunitária e fomentavam um ambiente amigo e fraterno, onde os hospitaleiros eram os responsáveis por deixar-nos confortáveis e felizes durante a nossa estadia.
Albergues brasileiros no Caminho de Santiago
Confira a seguir quais são os albergues brasileiros no Caminho de Santiago, conheça suas histórias, o que oferecem e faça a sua reserva!
Cidade: Viloria de La Rioja
Camas: 10
Telefone: +34 947 58 52 20
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Esse refúgio existe desde 2006 e ficou conhecido porque foi apadrinhado por Paulo Coelho. Acácio foi uma espécie de guia do escritor quando este esteve no Caminho pra gravar um documentário para a televisão japonesa e, em troca, Paulo Coelho ajudou com a reforma da casa onde hoje funciona o albergue. Acácio é brasileiro e Orietta é italiana, e os dois se conheceram enquanto faziam o Caminho de Santiago em 1999. Por ter sido voluntário em vários albergues durante 7 anos (4 deles com a sua companheira), Acácio sabe como ninguém receber os peregrinos. Seu refúgio recebe todas as nacionalidades, religiões e bandeiras e, junto com Orietta, promovem deliciosos jantares italo-brasileiros em troca de uma doação. Todos se sentam juntos à mesa e dividem histórias, ensinamentos e sorrisos, e por causa de toda essa atenção o lugar virou referência e parada obrigatória para muitos que passam por ali. Convém fazer reserva antecipada, já que são apenas 10 camas e lota rapidamente.
That Good Trip: O que você aprendeu desde que abriu o refúgio até hoje?
Acácio: em todos esses anos de Caminho de Santiago, mudou tudo: mudaram as pessoas, a motivação para fazer o Caminho, a tecnologia, o tempo. Como resultado, nós tivemos que adaptar-nos a esse novo Caminho. Não devemos brigar pela volta da peregrinação como era no passado, nem criticar. Muitos albergues acabaram fechando nesse tempo porque não conseguem competir com as novas tecnologias e demandas do peregrino de hoje, o que é uma pena. Eu gosto de conversar sobre isso para entender a situação e me adaptar aos novos tempos.
Cidade: Puente la Reina
Camas: 20
Telefone: +34 622262431
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A história desse albergue é bem inspiradora. Natália, que trabalhava como assessora de imprensa e relações públicas em Porto Alegre, resolveu dar uma pausa e repensar suas prioridades. E no Caminho de Santiago, em 2013, além de ter encontrado as respostas que precisava, conheceu o José, um motorista de táxi espanhol que fala vários idiomas e que a levou de Pamplona a Saint Jean Pied de Port, e desde então não se separaram. Natália deixou o Brasil e os dois montaram o albergue Estrella Guia em outubro de 2014. O nome é em homenagem à maneira carinhosa que sua amiga lhe chamava durante a peregrinação. O casal quer que os peregrinos se sintam em casa e para isso não medem esforços: ela ajuda a “costurar” as bolhas e o José continua levando os peregrinos de táxi a qualquer ponto do Caminho.
Em agosto de 2018 o albergue mudou de endereço (agora fica na Calle La Población, 2, pertinho da ponte) e ampliou a sua capacidade para 20 pessoas. Há um quarto duplo (adaptado para quem tiver mobilidade reduzida) com banheiro privado e outras configurações de quartos de 3 a 6 pessoas, com preços a partir de 15 reais e café da manhã incluído. Alguns dos beliches têm até persiana pra dar mais privacidade ao peregrino 😉 O novo albergue também guarda bicicletas, tem lavadora e secadora de roupas e microondas, além de um terraço bem grande com vistas pra cidade. Estão abertos o ano todo e aceitam reservas pelo Booking, email ou whatsapp, mas de novembro a março, no inverno, abrem exclusivamente com reservas.
That Good Trip: O que você aprendeu desde que abriu o albergue até hoje?
Natália: aqui em Puente la Reina encontrei a minha missão de vida. Procuramos aqui no Estrella Guia refletir muito a virtude da generosidade: um dia você ajuda, e no outro alguém ajuda você. Como os peregrinos chegam muito cansados e com dores depois do Monte do Perdão, algumas vezes mostram o seu melhor e, em outras, o seu pior. Eu precisei me fortalecer para poder entender a sua dor e ajuda-los a seguir em frente, ouvindo seu corpo e integrando os pensamentos com as expectativas. Colocamos regras simples, com muito carinho, como o conceito de “lave os pratos e limpe seus pensamentos”, e pedimos que deixem a mesa organizada antes de sair. Sou muito grata a esses motivos, momentos, encontros e aprendizados do Caminho.
Cidade: Palas de Rei
Camas: 17
Telefone: +34 640 72 39 03
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Marcelo é outro gaúcho à frente de outro dos albergues brasileiros no Caminho de Santiago. Ele começou a receber peregrinos em 2015 em uma cidade que está nos últimos 100 Km antes de chegar a Santiago: Palas de Rei. Marcelo foi peregrino em 2013 e gostou tanto da experiência que até deixou a Itália, onde vivia há 25 anos, para se dedicar de corpo e alma ao novo estilo de vida. O albergue vem se destacando pela hospitalidade e tratamento que o dono dispensa aos peregrinos, desde a sua recepção com uma bacia de água com sal para relaxar os pés até o jantar com os melhores pratos italianos frescos feitos por ele mesmo. O albergue está na saída de Palas de Rei, a 100 metros depois da rua principal, e por isso seu entorno é tranquilo e sem a agitação da cidade. Custa 12 euros por pessoa, mais o valor para participar da janta comunitária italiana que também são 12 euros. Uma ótima opção de hospedagem para continuar o seu trajeto e chegar revigorado a Santiago de Compostela!
That Good Trip: O que você aprendeu desde que abriu o albergue até hoje?
Marcello: aprendi a exercitar a paciência com os peregrinos e comigo mesmo. Como meu albergue está no final do Caminho, recebo todo mundo, desde as pessoas que começaram em Saint Jean Pied de Port até os de Sarria, e eles têm comportamentos bem diferentes entre si. Gosto muito de ler e aprender sobre outros Caminhos na Espanha, sobre a história desde o período medieval e árabe até hoje, e conto todo esse panorama aos peregrinos depois do jantar. Gosto de ter conversas profundas e interessantes com os peregrinos que passam por aqui.
Cidade: Molinaseca
Camas: 14
Telefone: +34 695 31 08 72/ 645 56 20 08
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Essa casa rural de Molinaseca é puro charme. O casal Mara e José Luiz, de São Paulo, fez o Caminho de Santiago em setembro de 2014 e se encantou tanto com esse povoado que decidiu se mudar pra lá com o filho e a nora. São 3 suítes, outros 3 quartos duplos com banheiro compartilhado e mais 3 camas extras. Cachorros são bem vindos se uma das suítes estiver disponível, por isso é bom fazer reserva e consultar. Pode-se jantar no local (o arroz e feijão que eles servem faz sucesso entre os peregrinos) e descansar no sofá, como se você estivesse na sala da sua casa. A casa rural fica bem na frente da igreja do povoado e perto do rio, onde os peregrinos costumam se refrescar depois da longa jornada do dia. Rodeada de montanhas, Molinaseca está a 18Km depois da Cruz de Ferro, no Caminho Francês. O hostal está aberto durante todo o ano. É outro representante dos albergues brasileiros no Caminho de Santiago.
Atualização (2018): Mara e José Luiz também administram o Hostal El Horno, que fica a 20 metros do San Nicolás e possui 7 suítes. Pode-se reservar através desse link.
That Good Trip: O que vocês aprenderam desde que abriram o hostal até hoje?
Mara e Luiz: superou as nossas expectativas. As pessoas chegam a Molinaseca esgotadas, já que é um trecho difícil e muitas são pegas de surpresa. Nós as recebemos com um copo d’água, bacia com água para os pés, e todo o carinho e cuidado que elas precisam. Todas as noites servimos arroz e feijão a todas as nacionalidades, e nos surpreendemos ao ver australianos e americanos (e outras nacionalidades) comendo e repetindo até 3 vezes! É o momento em que as pessoas se abrem, contam suas histórias e interagem, e nós damos dicas sobre as seguintes etapas e até fazemos reservas. As pessoas se sentem em casa e nós nos damos conta que fizemos a escolha certa de abrir este hostal em família.
Cidade: Vega de Valcarce
Camas: 18
Telefone: +34 634 24 26 42
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Desde que Braulio e seu amigo Júnior, os dois de Macaé (Rio de Janeiro), fizeram o Caminho Francês pela primeira vez em 2015, eles não conseguiram mais deixa-lo de lado. Os dois sempre tiveram o sonho de ir ao Caminho, mas ver o filme “The Way” foi a gota d’água. Depois de terminar a 4ª peregrinação, em 2017 (pela rota Portuguesa), eles foram além e abriram o Albergue do Brasil – El Roble, em Vega de Valcarce, cidadezinha onde tiveram a melhor experiência de todo o Caminho. O albergue fica aberto o ano todo e aceita reservas, principalmente na alta temporada e no inverno. Oferece café da manhã e jantar, e há um café-bar onde o peregrino pode pedir lanche durante todo o dia. Eles também fazem transfer de bicicletas e de mochilas até O Cebreiro. O mais interessante é que nada lá tem um preço fixo: no final da estadia a pessoa avalia a qualidade do serviço recebido e coloca na caixinha o valor que desejar.
Cidade: Astorga
Camas: 10
Telefone: +34 690 749 853
Reservas: info@alberguesoporhoje.com
Patrícia é uma gaúcha de Porto Alegre que percorreu o Caminho de Santiago em 2018 para realizar uma promessa que fez, pedindo saúde para o seu pai. Quando passou por Astorga, sentiu algo especial e ficou apaixonada pela cidade. Voltou ao Brasil e decidiu investir seus conhecimentos no ramo de aluguel de temporada (seu trabalho anterior) e abriu um albergue em pleno Caminho Francês, na Espanha. Mudou-se com os seus dois filhos e, em abril de 2019, começou essa nova aventura em família recebendo peregrinos no albergue Só por Hoje – que é também o nome do livro que escreveu sobre o Caminho de Santiago, cujo nome remete à sua experiência de voluntariado no Brasil, onde a palavra chave era essa: Só por Hoje.
Os outros detalhes interessantes sobre essa peregrina, que virou hospitaleira neste que é o sexto entre os albergues brasileiros no Caminho de Santiago, nós deixamos para que você descubra quando se hospede lá 😉 Você vai dormir em camas baixas, com direito a lençóis, toalha e café da manhã, por 20 euros, e se quiser também há jantar brasileiro por 10 euros mais. Eles têm lugar para guardar bicicletas e também lavam e secam suas roupas por 8 euros.
That Good Trip: O que você aprendeu desde que abriu o albergue até hoje?
Patricia: Eu já sabia que a vida de hospitaleira não era fácil, e ela é muito difícil, porque o hospitaleiro se dedica 24 horas ao peregrino. Ele doa, incondicionalmente, boa parte da sua vida ao Caminho de Santiago e a acolher ao peregrino. Agora eu ouço tantas histórias, todos os dias, e estou encantada com a diversidade de propósitos que trazem as pessoas ao Caminho de Santiago. Quando respondemos, no final do Caminho, se viemos por esporte ou por religião, na verdade há uma gama muito maior de opções. As pessoas sempre estão buscando algo, há muitos propósitos diferentes. O Caminho é um só, mas há um mundo de pessoas com anseios tão diferentes, de classes diferentes e com toda a diversidade que existe. Que bom eu poder ser hospitaleira para poder conhecer um pouquinho de todos esses propósitos.
Esperamos que tenham gostado de saber um pouquinho mais sobre os hospitaleiros e os albergues brasileiros no Caminho de Santiago, e que guardem essa lista nos seus favoritos para quando forem percorrer o Caminho Francês. Se sentirem falta de uma boa conversa em português, atenção diferenciada e uma boa comida brasileira, já sabem onde se hospedar 😉
Clique aqui para baixar o guia grátis do Caminho de Santiago 🙂 Siga o That Good Trip no Facebook para não perder os próximos posts sobre o Caminho!
Oi Suzana, agora tem a nossa Casa Rural San Nicolas em Molinaseca. Entre em contato comigo ou com a Erika se quiser mais detalhes. Estamos esperando os peregrinos brasileiros com carinho e conforto.
Abraço,
Mara Xavier
Olá Mara, obrigada pela informação! Foi um prazer conversar contigo pelo Skype hoje e já vou fazer a alteração no texto. Que bom ter mais brasileiros no Caminho. Um abraço!
Gente, o albergue do Acácio e da Orietta recebe bicigrinos. Eles são um dos grandes incentivadores deste tipo de peregrinação através do Movimento Bikeline.
Oi Luiza, você tem razão. E quem for ficar lá é melhor reservar porque são poucos lugares, pra não correr o risco de chegar e estar cheio. Um abraço!
Parabéns pelo blog!
Muito obrigada! E obrigada por ler 🙂 Um abraço!
Meu nome e Carlos desejo fazer o caminho no ano que vem , estou me preparando atrás de informações. adorei suas explicações. Também desejo ser voluntário se algum albergue de brasileiro precisar estou a disposição por ate um ano inteiro.
Olá Carlos, que ótimo saber isso! Se precisar de alguma informação em concreto, é só me escrever aqui. Eu deixei o contato no post caso você queira ser voluntário, entra em contato que há muitos albergues precisando de ajuda! Mas como voluntário só dá pra ser por 15 dias, mais que isso você precisaria ser contratado. Um abraço!
Muito bom.e saudade de quem passou no jacobeu!! Acácio, na época, nos atendeu ,chegando após 46 km, muito bem!! Loucura não faço mais !! ABS
Oi Alfredo! Que coragem ir no Jacobeu! O Acácio é ótimo 🙂 eu já fui na Semana Santa, que também é cheio, mas ia fazendo etapas menos concorridas e visadas, assim não tive problemas… Um abraço!
Olá Susana.
Como o Edson comentou anteriormente meu nome é Natan de Souza, sou de SP e estou no caminho desde 2013, onde sou responsável do albergue La Fuente del Peregrino que está no km 75 do caminho De Santiago.
Cada año recebemos equipes que vem do Brasil como voluntários porque somos um albergue de doações. Este vieram de voluntarios de São Paulo, de Brasília, de Marília e Campinas.
Nossas podrías estão abertas de maneira especial a todos os brasileiros que passem por aqui, nosso site é: lafuentedelperegrino.com
Olá Natan, tudo bem? Eu fiquei aí em 2015 e fui muito bem recebida! Eu falei de vocês nesse post: https://www.thatgoodtrip.com/como-escolher-um-albergue-no-caminho-de-santiago/
A matéria dos albergues brasileiros é sobre os albergues cujos proprietários são brasileiros. Não sei como funciona o La Fuente del Peregrino, mas eu achava que ele era da igreja, e os voluntários e responsáveis vão se revezando pra manter ele aberto. É assim?
Parabéns pelo excelente trabalho, eu sempre passo pra tomar um café e dormir aí foi um oásis no meu Caminho. Um abraço!
Olá Suzana. Vc tem toda razao, o Albergue pertence a uma associaçao espanhola e eu sou o gerente do albergue.
Me avisa quando vc passar por aqui pra gente tomar aquele cafezinho.
abraços e bom caminho,
Natan
Olá Suzana, pretendo fazer o caminho em maio de 2019, de bicicleta. Vi que o Refúgio de Acácio e Orietta recebe bicigrinos. E os outros albergues que listas aqui, também recebem bicigrinos? Provavelmente seremos 3 ou 4 pessoas, saindo do Rio Grande do Sul.
Olá Luci! Os albergues dessa lista são todos privados, isso quer dizer que é só você fazer a reserva e perguntar se eles têm espaço pra guardar a bicicleta. Normalmente, nos albergues públicos, os bicigrinos precisam esperar que todos os peregrinos a pé tenham entrado e, se sobrar vaga, os bicigrinos podem ficar neles. Mas nos privados é diferente 🙂 se você quiser ficar tranquila, escreva pra eles e veja se têm espaço pra 4 bicis. E reserve, porque são albergues pequenos, com poucas camas. Os links estão todos no post. Bom Caminho!
Fiz duas vezes o Caminho (2015 e 2017) e já estou me preparando para ir agora em 2019. Olha, eu sempre digo que vale muito mais a pena ficar 30 dias caminhando 8 horas/dia do que em sessões de análise. Sai mais barato e muito, muito, muito mais prazeroso. Durante a peregrinação constatamos in loco que não temos problema algum. Refraseando Fernando Pessoa: “Caminhar é preciso, viver não é preciso.” Abraços e Buen Camino a todos.
Concordo totalmente contigo, Alexandre! E podemos jogar nossos problemas a pessoas que conhecemos lá, e elas nos darão sua impressão totalmente imparcial, já que não nos conhecem. Eu adoro conversar com peregrinos. Temos muitos insights durante este Caminho – e eu vou gravando todos para ouvir depois. E você sempre retorna para o mesmo Caminho, ou vai a outros, diferentes? Já estou pensando nos trechos que farei este ano também. Um abraço e Buen Camino, peregrino!!
Olá Suzana!!!
Nossa, que milagre uma resposta em blog com menos de 3 meses, gostei!
Respondendo à sua pergunta, sempre faço caminhos diferentes. Em 2015 foi o Francês, em 2017 o Português e agora a partir de 15 de junho, o Caminho do Norte. Procuro me programar para estar com o pé na estrada a cada dois anos. Em 2021 já estou me preparando para fazer o maior deles, o Caminho de la Plata, saindo de Sevilla.
O Caminho de Santiago me curou de várias mazelas. Sofria com algumas coisas sem sentido e percebi caminhando por 30 dias que minhas dores eram infinitamente menores que a de muita gente. Que meus problemas na verdade não eram problemas. São tantas histórias que para contá-las, precisarei organizar um livro.
Mas que bacana você ter espírito aventureiro Suzana, ser desprendido de bens materiais e cobiçar somente a natureza é o melhor de nós.
Entre em contato, quem sabe em junho/julho não nos encontremos pelo Caminho ou pelo menos para uma cerveja em algum lugar da Espanha. Buén Camino peregrina.
Olá Alexandre! Eu também gosto de conhecer outros Caminhos 🙂 Me avise se no verão você for passar por Madrid. Marcamos uma cerveja com certeza! Buen Camino!!! Um abraço!
Olá… meu nome é Mirian Cordó e vou fazer o caminho inglês agora em 15/6/2019…
Fiz o Francês em 2014 e gostaria de saber se os albergues são no mesmo estilo…e se tem albergues que possa fazer reservas… grata pela atenção
Oi Mirian, tudo bem? Ótima opção fazer o Caminho Inglês! Os albergues são do mesmo estilo, mas têm menos vagas e lotam rápido. Recomendo a leitura desse post sobre o Caminho Inglês em que trago opções de albergues privados onde pode-se reservar, já que os municipais, como você sabe, não admitem reserva: https://www.thatgoodtrip.com/etapas-do-caminho-ingles/ Um abraço e Bom Caminho!
Boa tarde, tenho interesse de fazer o caminho mas tenho apenas uma semana. Poderia me dar uma dica de onde começar? Partindo de Portugal.
Olá Suellenn, você pode sair de Tui (Caminho Central Português) ou de Pontevedra (Caminho da Costa Portuguesa https://www.thatgoodtrip.com/etapas-do-caminho-portugues-da-costa/) e fazer também a Variante Espiritual (https://www.thatgoodtrip.com/variante-espiritual-caminho-portugues/). Dá certinho pra fazer em uma semana ou menos. Bom Caminho!