Quando fiz o caminho de volta do Brasil há uma semana, passei por 4 aeroportos: o de Curitiba, o de Guarulhos, o de Londres e o de Madri. Sim, teve uma conexão a mais na volta porque assim a passagem ficava mais barata. Esse chá de aeroportos faz com que a gente comece a reparar em detalhes que não repararia em uma viagem curta normal, e isso aconteceu comigo tanto nos aeroportos do Brasil como nos internacionais.
Já na fila pra passar no raio x do primeiro aeroporto, com a bateria do celular nos últimos 20% de carga e sem o 3G ativado (ao não ter um chip brasileiro, isso ia me custar uma pequena fortuna), fiquei pensando: o que era mais importante? Que o aeroporto tivesse alguns minutos de wi-fi grátis ou tomadas disponíveis?
Arrisco dizer que a wi-fi é mais importante que as tomadas. Mas se você estiver lá usando a wi-fi e a bateria acaba (e não há uma de reserva), o seu celular torna-se naquele momento um objeto inútil. Você terá que se contentar em ler o seu livro ou a revista que estão na bolsa, que não são tão vibrantes como as notícias fresquinhas que chegam por internet.
Situação dos aeroportos do Brasil
Lugares para sentar também são importantes em um aeroporto. O antigo terminal de vôos domésticos de Guarulhos é pequeno e não tem lugar pra todos. Resultado: fica todo mundo em pé se acotovelando enquanto espera pelo seu vôo.
Banheiros limpos e placas indicativas corretamente traduzidas aos idiomas que se propõem. Google translator não é 100% confiável e por muito tempo eu tive vergonha alheia do aeroporto, principalmente quando amigos estrangeiros iam visitar o meu país.
Enquanto as esteiras rolantes facilitam o deslocamento, as máquinas automáticas simplificam a vida – principalmente quando elas vendem também equipamentos eletrônicos (como adaptador de tomada, fone de ouvido e até travesseiro de pescoço) e não só comidas. E outras que fazem a nossa alegria, como a de pipocas que estouram na hora do aeroporto de Barajas em Madri.
Passei 5 horas no aeroporto de Heathrow, em Londres, e descobri que as tomadas das mesinhas e poltronas do Starbucks não funcionam (nenhuma!), que a maioria das tomadas dos postes de energia também não estão mais operativas e que as poucas que funcionam têm 5 pessoas amontoadas e com mil adaptadores para conectar celular, tablet e computador, tudo ao mesmo tempo. Como lá depois de 4 horas a conexão da internet finaliza e você só tem direito a mais minutos depois de passadas 12 horas, desisti e fui ler revistas – e escrever este texto (o bom e velho papel e caneta também são uma mão na roda nessas horas).
Meu elogio vai para o novo aeroporto de Guarulhos que, além de ter todos os itens de primeira necessidade citados acima (e uma tomada pra cada assento no hall de espera pro embarque), tem o cheiro de pão de queijo incluído. Dá pra viver sem o aroma? Dá. Mas desembarcar e ser recepcionado por esse cheiro vale como uma compensação por todos os apertos passados no vôo.
E pra você, qual é o item mais essencial em um aeroporto? Deixe seu comentário, sua opinião é mais que bem-vinda!